quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Não é nossa culpa!
Nos momentos em que aguardo o dia terminar, eu aproveito para pensar. Pois no restante do meu dia, pensar não é permitido.
Sinto constantemente a alienação que é colocada e na ilusão que preciso vencer diariamente. Chega-se ao ponto de abrir mão das tardes, na ilusão de que os dias trabalhados seriam menores.
Olha a que ponto chegamos para que possamos garantir um Domingo em família. Trabalhar mais, querendo trabalhar menos.
Não entendo...
Tenho receio de reclamar, afinal de contas, eu tenho um trabalho, não passo fome, nem moro na rua. (Ouro de tolo).
Mas em troca disso, eu preciso laborar com a ilusão de algo irá mudar, mas nada muda!
O patrão estará sempre lá, com seu chicote esperando o primeiro erro para me açoitar.
Me sinto presa, me falta ar, me falta esperança, me falta liberdade... E pensar que ficamos felizes com R$ 50 que por bondade nos pagam com antecedência.
Mas essa é a regra do capital. Se cale para ser o "funcionário do mês" ou rebele-se para ser o primeiro na fila dos desempregados.
Eu sou um fantoche, que se cala, pois o capital não me permite falar...
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